Publicado em 23/02/2024

Leucemia: conheça os principais sinais e sintomas da doença!

A leucemia é um tipo de câncer que afeta a formação das células sanguíneas, principalmente os glóbulos brancos, e dificulta a capacidade do corpo de combater infecções. Ela surge quando células da medula óssea, conhecida como tutano do osso, sofrem um tipo de mutação e começam a se multiplicar descontroladamente, tirando assim o lugar de células saudáveis.

Estima-se que cerca de 10.810 novos casos surjam no Brasil anualmente. A doença é mais comum em homens. Pessoas com mais de 70 anos representam cerca de 60% dos óbitos relacionados à leucemia.

Quais são os tipos de leucemia?

Existem 12 tipos de leucemia, sendo 4 tipos primários e outros que variam a partir deles. Sua classificação se dá de acordo com as células atingidas e velocidade em que ocorre a divisão celular. Os 4 tipos primários são:

  • Leucemia Mieloide Aguda (LMA): atinge as células mieloides e possui um rápido desenvolvimento;

  • Leucemia Mieloide Crônica (LMC): atinge as células mieloides e possui um desenvolvimento mais lento;

  • Leucemia Linfocítica Aguda (LLA): atinge células linfoides e se desenvolve de forma muito rápida;

  • Leucemia Linfocítica Crônica (LLC): atinge células linfoides e possui um desenvolvimento lento.

Nas doenças do tipo crônica, durante o estágio inicial, as células leucêmicas ainda realizam um trabalho semelhante ao dos glóbulos brancos. Ela se desenvolve de forma lenta, e os sintomas iniciais se mostram brandos, mas que se agravam gradualmente.

Por outro lado, nas leucemias agudas, as células não podem cumprir a função das células sanguíneas normais. As células leucêmicas se multiplicam de forma muito rápida e a doença se agrava em um espaço de tempo bastante curto.

Algumas condições podem aumentar as chances de desenvolvimento da leucemia, incluindo características genéticas e exposição a alguns tipos de substâncias. Segundo o INCA, os principais fatores de risco relacionados à doença são:

  • Tabagismo;

  • Benzeno (encontrado na gasolina e largamente usado na indústria química);

  • Radiação ionizante (raios X e gama) proveniente de procedimentos médicos (radioterapia);

  • Formaldeído: exposição ocupacional em indústrias (química, têxtil, entre outras), área biomédica/saúde (hospitais e laboratórios: antisséptico, desinfetante, fixado; histológico e solvente), além do uso não autorizado pela Anvisa desta substância em alguns salões de beleza (procedimento de alisamento capilar);

  • Produção de borracha;

  • Síndrome de Down e outras doenças hereditárias;

  • Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas;

  • Histórico familiar;

  • Idade: quanto maior a idade maior o risco de desenvolver leucemia. Exceto a leucemia linfoide aguda, que é mais comum em crianças. Todas as outras formas são mais comuns em idosos;

  • Exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus de hepatite B e C.

Pessoas que possuem contato com as substâncias mencionadas ou são portadoras de alguma das condições genéticas, devem realizar exames de check-up e buscar orientação médica com uma frequência maior.

Quais são os sintomas apresentados por quem tem leucemia?

Os principais sintomas apresentados por pacientes que enfrentam a leucemia acontecem pelo acúmulo de células anormais na medula óssea, que impedem que as células normais sejam produzidas pelo sangue.

Os sintomas da leucemia podem variar muito de pessoa para pessoa, tipo da doença, e podem ser leves ou graves. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Fadiga

  • Febre

  • Infecções frequentes

  • Sangramento

  • Hemorragias

  • Dor e inchaço nas articulações

  • Perda de peso

  • Suor noturno

  • Falta de ar

  • Dor no peito

Em casos em que a leucemia afeta o Sistema Nervoso Central (SNC), os sintomas ainda podem incluir:

  • Dor de cabeça

  • Náuseas

  • Vômito

  • Visão dupla

  • Desorientação

Entre outros.

Além de tudo isso, o paciente também pode apresentar gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado) e dores nos ossos.

Leucemia tem cura?

As leucemias agudas, que são muito graves, possuem chance de cura. As crônicas não possuem cura, mas a medicina oferece formas eficazes de controle. Em alguns casos, a leucemia pode ser curada apenas com quimioterapia, radioterapia, ou outro tipo de tratamento, mas isto não é tão comum. Na maioria, a cura é alcançada através do transplante de medula óssea.

O diagnóstico precoce é o maior aliado de um tratamento bem-sucedido, por isso é importante realizar exames ao perceber qualquer sinal ou sintoma da doença.

O Hemograma Completo, que avalia os componentes do sangue (incluindo as células), é um dos exames que pode auxiliar na triagem inicial para identificação da doença. Outros exames, mais específicos para a medula e que podem contribuir para um diagnóstico preciso, são:

Translocação BCR-ABL: realizado a partir de uma coleta de sangue, auxilia a detectar de forma muito sensível a translocação entre os cromossomos 9 e 22 (cromossomo Philadelphia), que caracteriza geneticamente a Leucemia Mieloide Crônica (LMC);

Imunofenotipagem para Leucemias: é realizado a partir da coleta de diferentes tipos de amostras, como sangue, medula óssea, fragmento de tecido e líquidos. É uma das principais formas de identificar qual exatamente é o tipo de leucemia que está acometendo o paciente.

A doação de medula óssea é um ato de amor que pode salvar a vida de uma pessoa com leucemia. Você pode encontrar mais informações sobre como se tornar um doador no site do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

E se você quiser saber mais sobre os exames que realizamos, seja para auxiliar a identificar leucemia ou qualquer outro distúrbio, basta entrar em contato com nossa equipe pelo WhatsApp. Não se esqueça de também nos acompanhar no Instagram, pois sempre o mantemos atualizado com informações relevantes para sua saúde e bem-estar!

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