Publicado em 04/04/2025

Hiperuricemia: o que é, sintomas, causas e riscos do excesso de ácido úrico

A hiperuricemia é uma condição médica caracterizada pela elevação dos níveis de ácido úrico no sangue. Essa substância é produzida naturalmente durante a quebra das purinas — compostos encontrados em alimentos como carnes, frutos do mar e bebidas alcoólicas. Quando os rins não conseguem eliminar o excesso de ácido úrico, ele se acumula no organismo, podendo formar cristais e desencadear complicações.​

Embora muitas pessoas com hiperuricemia não apresentem sintomas, ela é um importante fator de risco para doenças como gota, cálculos renais e problemas cardiovasculares.

Estudos revelam que a condição é mais comum em homens, mas sua prevalência pode variar de acordo com cada população. Em um deles, realizado com 1.346 indivíduos, a prevalência de hiperuricemia foi de 13,2%, sendo maior em homens (16,0%) do que em mulheres (10,7%). Entretanto,​ entre nipo-brasileiros, a prevalência mostrou-se ainda maior: cerca de 35%, especialmente em homens acima de 55 anos e indivíduos com sobrepeso ou obesidade

Controlar os níveis de ácido úrico é essencial para a prevenção dessas condições e para garantir qualidade de vida a longo prazo.

Quais são as causas da hiperuricemia?

Vários fatores contribuem para o aumento do ácido úrico no sangue. Os principais incluem:

Dieta rica em purinas

  • Carnes vermelhas​

  • Vísceras (fígado, rins)​

  • Frutos do mar​

  • Bebidas alcoólicas, especialmente cerveja​

  • Refrigerantes adoçados com frutose​

Doenças metabólicas

  • Obesidade​

  • Diabetes tipo 2​

  • Hipertensão arterial​

  • Síndrome metabólica​

Fatores genéticos

  • Histórico familiar de gota ou hiperuricemia​

  • Polimorfismos genéticos que afetam o metabolismo de purinas​

O uso de alguns tipos de medicamentos também pode desencadear a condição, o que reforça a importância de nunca se automedicar.

Quais são os sintomas do excesso de ácido úrico no sangue?

A hiperuricemia é geralmente assintomática, mas pode se manifestar por meio de complicações, como:

  • Gota: dor intensa e súbita em articulações, geralmente no dedão do pé, com inchaço, calor e vermelhidão.​

  • Cálculos renais: pedras nos rins formadas por cristais de ácido úrico, que causam dor lombar e sangue na urina.​

  • Tofos: acúmulo de cristais de urato sob a pele, comum em casos crônicos.​

  • Inflamações articulares recorrentes, com limitação de movimento.​

O diagnóstico, por sua vez, é feito por meio de exames laboratoriais, especialmente a dosagem de ácido úrico no sangue. Considera-se hiperuricemia quando:​

  • Homens: ácido úrico > 2,5 - 6,5 mg⁄dL​

  • Mulheres: ácido úrico > 2,0 - 5,5 mg⁄dL

Em casos de suspeita de gota, o médico também pode solicitar:​

  • Análise do líquido sinovial da articulação​

  • Exames de imagem (ultrassonografia, radiografia ou tomografia)

O tratamento depende da causa e da gravidade da hiperuricemia. Pode envolver mudanças de estilo de vida, uso de medicamentos ou ambos. Entre as mudanças de hábito, destacam-se:

  • Reduzir o consumo de alimentos ricos em purinas​

  • Evitar álcool e refrigerantes com frutose​

  • Manter hidratação adequada (2 a 3 litros de água/dia)​

  • Controlar o peso corporal​

  • Praticar exercícios físicos regulares

Já o de medicamentos deve sempre ser prescrito e acompanhado por um profissional de saúde.

Como prevenir a hiperuricemia?

A prevenção é o melhor caminho, principalmente para quem já tem histórico familiar ou fatores de risco. Algumas medidas eficazes:

  • Beber bastante água diariamente​

  • Adotar uma dieta equilibrada e pobre em purinas​

  • Evitar álcool e excesso de carne vermelha​

  • Controlar doenças como hipertensão e diabetes​

Por ser uma condição silenciosa (que pode ser assintomática), realizar exames periódicos para monitorar o ácido úrico é algo essencial. Pessoas saudáveis e que nunca tiveram hiperuricemia devem realizá-lo anualmente. Aquelas que já lidam com a condição ou que possuem histórico na família, por outro lado, devem realizar os check-ups semestralmente.

Quando não controlada, pode evoluir para quadros dolorosos e doenças graves, como a gota. Felizmente, com um estilo de vida saudável e, quando necessário, o tratamento adequado, é possível manter os níveis de ácido úrico sob controle e prevenir complicações. Para evitar danos, busque orientação médica e conte com uma equipe qualificada para realização dos exames.

E se você quiser saber mais sobre os exames que realizamos para te auxiliar a manter uma boa qualidade de vida, basta entrar em contato com nossa equipe pelo WhatsApp. Não se esqueça de também nos acompanhar no Instagram, pois sempre o mantemos atualizado com informações relevantes para sua saúde e bem-estar!

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